Relembramos que por muito tempo a mulher era sinônimo de coisa. Não tinha direitos. Sua obrigação: gerar filhos. E em muitas culturas: gerar filhos homens.
Há registro, de que na Idade Média muitos homens removiam o próprio testículo esquerdo na crença de que apenas o direito produzia espermatozoides capazes de gerar filhos homens.
A história está recheada de injustiças e crueldades contra elas e, também, exemplos de mulheres valorosas, revolucionárias, corajosas, grandes cientistas, escritoras, pintoras, pensadoras, políticas, aventureiras e acima de tudo educadoras, sem abdicarem de suas responsabilidades de mães, formadoras de homens e preservadoras da humanidade.
Porém, não era feminino ter inquietações culturais, nem ser inteligente, independente, ou responsável por sua vida ou ter opiniões próprias sobre qualquer assunto.
Mulheres que marcaram época, mudaram destinos, romperam barreiras em qualquer atividade antes só admitidas ao homem, pois lhes era vedado estudar, trabalhar, votar ou interessar-se por qualquer assunto fora das lidas domésticas. A história as ignorou. Descobertas importantes ou fatos relevantes eram atribuídos aos homens: maridos, amantes ou familiares.
O fato é que em todas as épocas houve mulheres fazendo coisas memoráveis: dirigindo impérios, criando tábuas de cálculos, descobrindo os segredos do universo, escrevendo a primeira literatura que se registrou, liderando exércitos. A pesquisadora espanhola Ana López Navajas afirma que “são tantas, mas tantas, que ao trazê-las à luz, a história tal como a conhecemos se desfaz”. Por tudo isso, e sem parecer pretenciosa, creio que não há um Dia da Mulher, como se comemora no mês de março – bem justificado, acresça-se e por representar uma conquista, porque: TODO TEMPO É TEMPO DE MULHER.
Elas estão em todos os recantos do Planeta. Exerceram a qualquer tempo, toda e qualquer atividade e desempenharam paralelamente suas funções no lar, ancestralmente ao lado do homem na evolução e perpetuação da espécie. Não se vislumbra inferioridade ou destaque. As mulheres pugnaram pelo reconhecimento de sua igualdade de inteligência e vigor, sem perder a diferença peculiar entre os gêneros.
A escritora italiana Dácia Maraini diz que “quando as mulheres morrem, elas morrem para sempre, submetidas ao duplo fim da carne e do esquecimento”. Os historiadores, os enciclopedistas, os acadêmicos, os guardiões da cultura oficial e da memória pública sempre foram homens e os atos e as obras das mulheres raramente passaram aos anais. Mas essa amnésia sexista vem mudando.
Então para homenageá-las, escolhi – a custo e talvez alguma injustiça – mulheres em épocas remotas, que representassem cada mês do ano, sem critério de ascendência ou excludência, apenas representativo.
Mulheres que embora ainda sejam reprimidas ou violentadas por causa de seu gênero deixaram e ainda dão grandes contribuições sociais, culturais e científicas à humanidade. Muitos exemplos extraí do livro de Rosa Montero – jornalista e escritora espanhola, um dos maiores nomes da literatura contemporânea e que afirmou: “mente aberta, paixão e afinco podem mudar o mundo” que acrescento, como a própria vida. Vamos a elas:
JANEIRO – ENHEDUANA (2.300 a.C.)
Princesa mesopotâmica, sacerdotisa, filha do Rei Acádio Sargão I, autora da obra “A Exaltação de Inana”, primeiro texto que se tem notícia, perpetuadas em tabuletas cuneiformes, com várias cópias feitas após sua morte, onde foram registradas as primeiras anotações astronômicas e musicais da história.
FEVEREIRO – HIPARQUIA DE MARONEA, a CÍNICA (350 – 310 a.C.)
Pioneira da contracultura, chocante por sua modernidade. Filósofa, contestatária e feminista, rompeu com a família e foi viver com seu mestre Crates, importante membro da Escola Cínica, a qual rejeitava as convenções sociais. Ela era da pá virada, despojou-se de seus bens, e junto com Crates, vivia pelas ruas; um escândalo. Escreveu 3 livros de filosofia que não foram conservados. Quando lhe perguntaram por que não se dedicava a tarefas próprias de sexo, respondeu: “mas acreditas que tomei uma decisão errada se dediquei à minha educação o tempo que teria dedicado ao tear?”
MARÇO – MARIA, A JUDIA (384 – 322 a.C.)
Foi uma cientista das mais importantes da antiguidade, equiparada a Arquimedes ou Euclides. Considerada a fundadora da Alquimia, que era o conhecimento químico de seu tempo. Introduziu o uso do vidro nos laboratórios, descobriu o ácido do sal marinho, inventou o “banho-Maria”, que conservou até hoje seu nome; o alambique, o aparelho de aquecer substâncias (kerotaki) para recolher os vapores, que era selado à vácuo, ou seja as artes herméticas.
ABRIL – TEODORA, IMPERATRIZ DE BIZÂNCIO (527 – 548)
Não se sabe se nasceu na Síria ou Chipre. O certo é que iniciou a vida vendendo o corpo e acabou santa pela igreja Ortodoxa. Filha de um adestrador de ursos e de uma atriz e bailarina. Modesta de origem era inteligente e talentosa.
Depois de conviver por 4 anos com um alto oficial que a maltratava, largou a vida de meretriz se instalou em Constantinopla (atual Istambul) próximo ao Palácio Imperial, como fiandeira, onde conheceu Justiniano, herdeiro do trono de seu tio Justino I, que depois a tomou como esposa. Como Imperatriz, chegou a deter poder equivalente ao Marido, além de coragem. O grande êxito de Teodora foi a sua contribuição para o celebre Código de Justiniano, conjunto de Leis, contendo cláusulas sobre direitos da mulher, proibição da prostituição forçada, fechamento dos bordéis que a praticavam, direito ao divórcio, herança igual para os filhos e filhas, direito a custódia dos filhos para mães, direito de a esposa gerir seus próprios bens, proibição do assassinato de mulheres adulteras e outros, disposições essas que estiveram vigentes por 80 anos. Só no século XX, voltaram os códigos legais a proteger os direitos femininos.
MAIO – MURASAKI SHIKIBU (978 – 1.031)
Lady Murasaki (Shikibu é tratamento honorifico), pertencente a pequena nobreza de Kioto, filha de escritor e neta de grande poeta. Murasaki escreveu o monumental livro de 4.200 páginas Genji Monogatari (A História dos Genji), obra clássica mais importante do Japão, realista, de grande argúcia psicológica que descreveu a falsidade e o vazio da sociedade aristocrática e o sofrimento das mulheres.
JUNHO – ARWA al-SULAYHI (1.048 – 1.138)
Sultana do Iêmen, seu reinado foi o mais longo da história 71 anos até sua morte em 1138, primeiro com seus dois maridos, depois com sua sogra Asma; todo esse período abrange quase um século, caso raro no mundo Islâmico, principalmente em se tratando de mulher.
Inteligente e corajosa. Sábia e eficaz. Guerreava quando necessário, construiu mesquitas, estradas, palácios, inúmeras escolas, desenvolveu a agricultura e enriqueceu o país. Foi uma espécie de Rainha Vitória do Mundo Árabe.
JULHO – HILDEGARD VON BIGEN (1.098 – 1.179)
Nascida na Renânia – Alemanha. Abadessa Beneditina, escritora, mística, musicista, pintora, cientista, botânica. Uma espécie de Leonardo da Vinci medieval. Alguns especialistas a consideram precursora da Opera. Escreveu Tratados de Medicina e Ciências Naturais e descreveu o orgasmo feminino, algo extraordinário para a época e sua condição. Introduziu o lúpulo na fabricação da cerveja, daí que graças ao seu engenho bebemos cerveja tal como é atualmente. É uma das personagens mais relevantes da Baixa Idade Média.
AGOSTO – SOPHIE BRAHE (1.556 – 1.643)
Exemplo de biografia discriminatória de mulher de inteligência brilhante. Filha de família nobre da Dinamarca e irmã caçula do famoso astrônomo Tycho Brahe. Proibida pelos pais de estudar, o fez por conta própria com a ajuda da biblioteca familiar, interessada principalmente em química e botânica. Trabalhou como assistente do irmão e foi ela quem elaborou a maior parte das importantes tabelas que detalhavam a posição dos planetas que foram utilizadas depois por Kepler na formulação de suas teorias, tabelas essas que foram atribuídas apenas a seu irmão Tycho, como, aliás aconteceu com Camille Claudel em relação ao grande escultor Rodin, o pai da escultura moderna.
SETEMBRO – CORA CORALINA (1.889 – 1.985)
Cora Coralina – Pseudônimo da goiana, Anna Lins dos Guimarães Peixoto Bretas. Dona de casa, doceira por toda vida. Mãe de família. Estudou até a 3ª série primária. Escritora bissexta, publicou seu primeiro livro aos 76 anos. Ainda assim, tornou-se a escritora brasileira mais importante de sua geração. Poetisa, criou a poética da singeleza e do cotidiano, contista e uma das mais premiadas escritoras. Foi tema de documentários e filmes. Chegou a receber o título de Doutor Honoris Causa conferido pela Universidade Federal de Goiás. É patronesse da Cadeira nº 5 da Academia Feminina de Letras e Artes de Goiás.
OUTUBRO – ANA NÉRI (1.814 – 1.880)
Anna Justina Ferreira Nery, pioneira da enfermagem no Brasil, nasceu na Bahia. Quando da Guerra do Paraguai alistou-se como voluntária para servir como enfermeira durante o conflito. No Sul aprendeu tudo que fosse possível sobre enfermagem. Com seus próprios recursos criou uma enfermaria em Assunção no Paraguai para atender aos feridos. Nesse conflito perdeu um dos três filhos e um sobrinho, mas não esmoreceu. Recebeu homenagens do Imperador Dom Pedro II como a medalha Geral de Campanha e a Medalha Humanitária de Primeira Classe. Em 20 de maio, dia da morte de Ana Néri, é celebrado o Dia do Enfermeiro, e em sua homenagem foi criada a primeira Escola Oficial de Enfermagem. Em 2009 Anna Nery foi a primeira mulher a entrar para o Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria, no Panteão da Liberdade e Democracia em Brasília, DF.
NOVEMBRO – IRMÃ DULCE (1.914 – 1.992)
Maria Rita de Souza Brito Lopes Pontes, nasceu na Bahia. Desde a adolescência desenvolveu a missão de ajudar os mais necessitados, carentes e enfermos. Em 1933 tornou-se freira, recebendo o nome de Dulce em homenagem a sua mãe. Com 22 anos criou a União Operária de São Francisco, depois o Colégio Santo Antônio, voltado para os operários. Participou da criação do Albergue no convento Santo Antônio o qual se transformou no Hospital Santo Antônio.
Em 1988 foi indicada ao Prêmio Nobel da Paz. Foi beatificada pelo Papa Bento XVI, em dezembro de 2010, e, a cerimônia de beatificação em Salvador em maio de 2011: A sua canonização se deu em outubro de 2019, pelo Papa Francisco.
DEZEMBRO
O mês de dezembro, é o mês da família. Reservei para as Pioneiras Rotarianas, sem desmerecer as demais, tão ilustres e denodadas, não raro anônimas.
Primeira Rotariana da América Latina – Emma Hildinger
Associada do Rotary Club São José dos Campos – então Distrito 4600.
Foi Presidente de Clube várias vezes e Governadora Assistente Distrital 2.003-2.004.
Nasceu na cidade Waldbronn, Alemanha em 1.923. Chegou ao Brasil, sozinha em 1.950. Desafiando as regras do Rotary, ingressou no Rotary Club de Caçapava em 17 de maio de 1.988. Lembro que só em 1.989, por pressão, foi permitida o ingresso de mulher em Rotary.
Rememorando, em 1.911, um grupo de mulheres enfrentou a resistência da Associação Nacional de Rotary Clubs, na cidade norte americana de Minneapolis, para obter a permissão de se associar ao Rotary. Depois, outros movimentos de mulheres de Rotarianos se sucederam com o mesmo intuito. Na década de 80 do Século passado, após um embate judicial, o Rotary Club de Marin Sunrise, na Califórnia (antigo Larkspur Landing) é fundado em 28 de maio de 1.987, tornando-se o primeiro clube a admitir mulheres depois da decisão da Suprema Corte dos EUA enquanto Sylvia Whitlock, do Rotary Club de Duarte, Califórnia, foi a primeira mulher a ser presidente de um Rotary Club.
Primeira Governadora de Distrito – Adélia Antonieta Villas
Formada em Belas Artes pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul e tantos outros cursos. Educadora por excelência. Fundadora do Rotary Club do Rio de Janeiro – Guanabara. Presidente do Clube no período 1.994-1.995. Primeira Governadora de Distrito da história e do Distrito 4570, 1.988 – 1.989, após 84 anos de existência da organização mundial. Tem extenso currículo profissional e rotário. Foi representante do Presidente de Rotary Intrenational Richard King, na 75ª Conferência do Distrito 4890 em Buenos Aires, Argentina, em 2.002 e Training Leader de Governadores Eleitos e da Assembleia Internacional em San Diego, EUA.
Desenvolveu relevantes projetos sociais. Possui vários títulos entre eles o de Cidadã do Estado do Rio de Janeiro, concedido pela Assembleia Legislativa do Estado. Prêmio Emma Hildinger, e Companheira Paul Harris 3 rubis. Casada com o médico Walter Villas, tem 3 filhos e 2 netas. Hígida e dinâmica, continua uma referência de mulher não só em Rotary, onde permanece brilhando, mas como integrante da ABROL Rio – Academia Rotária de Letras da Cidade do Rio de Janeiro, onde ocupa a cadeira nº 23, que tem como Patrono Hertz Uderman.
Primeira Governadora do Distrito 4571 – Kassima Campanha
Inaugurando o Distrito 4571, após a fusão de parte de São Paulo e do Rio de Janeiro, temos a ilustre governadora Kassima Timoni Góes Campanha, 2.020-2.021, associada ao Rotary Club de Campos do Jordão. Nascida em Santa Gertrude, São Paulo, casada com o professor físico José Roberto Campanha, tem um filho, Gabriel. Graduada em farmácia bioquímica, mestrado em microbiologia, aplicado pela Universidade Estadual Paulista UNESP. Professora universitária de farmacoteca e fundamentos em homeopatia na faculdade Uniararas, SP, e depois na Faculdade da Terceira Idade em Campos do Jordão, SP.
Fundadora do Rotary Club de Santa Gertrudes, Distrito 4590. Foi Governadora Assistente e Presidente de várias Comissões Distritais.
E para concluir essa jornada de mulheres celebres, “diárias”, guerreiras incansáveis e exemplares, perenizadas pela história, em especial em Rotary, destaco a companheira Jennifer Jonnes, associada ao Rotary Club de Windsor – Roseland, Ontário, Canadá, como a primeira mulher, em 117 anos, e após 33 anos da primeira Governadora, indicada para presidir o Rotary Internacional, período de 2022/2023. Personalidade brilhante várias vezes premiada dentro e fora de Rotary.
Concluo esta homenagem à Mulher com as palavras da já citada Rosa Montero: “Há uma história que não está na história e que só pode ser resgatada aguçando os ouvidos e escutando o sussurro das mulheres.”
Elizena Ribeiro Chaves de Carvalho Acadêmica – Cadeira nº 5 ABROL Rio
Que belíssimo texto.
As mulheres merecem sempre ser cortejada e perpetuada.
Eliana Chaves, uma grande mulher o fez com maestria.
Parabéns
Mulheres Fantásticas!
Gostaria de citar uma Mulher que também está sempre em minha mente e em meu coração, por meio desta música:
Maria de Nazaré, Maria me cativou
Fez mais forte a minha fé
E por filho me adotou
Às vezes eu paro e fico a pensar
E sem perceber, me vejo a rezar
E meu coração se põe a cantar
Pra Virgem de Nazaré
Menina que Deus amou e escolheu
Pra mãe de Jesus, o Filho de Deus
Maria que o povo inteiro elegeu
Senhora e Mãe do Céu
Maria que eu quero bem, Maria do puro amor
Igual a você, ninguém
Mãe pura do meu Senhor
Em cada mulher que a terra criou
Um traço de Deus, Maria deixou
Um sonho de mãe, Maria plantou
Pro mundo encontrar a paz
Maria que fez o Cristo falar
Maria que fez Jesus caminhar
Maria que só viveu pra seu Deus
Maria do povo meu
Excelente pesquisa e uma homenagem mais que merecedora à atuação da mulher na história como tb na Literatura e Arte. Mulheres de fibra e exemplos a serem seguidos
Senti falta da primeira mulher numa governaduria do antigo Distrito 4600, ano 2002-2003,. Leila lelê da Costa.
Bem oportuno o artigo. Se o mundo fosse mais justo, seriam pessoas e não milheres.
Parabéns, Companheira e Confreira Elizena. Belíssima pesquisa com mulheres referenciais em suas épocas e que deixaram marcantes realizações que até hoje nos são caras. Você foi feliz nas escolhas e mostrou sua competência na apresentação, elevando o valor que as mulheres merecem. Todos nós, homens, devemos às mulheres, desde o momento de nossa existência, por divindade do Nosso Senhor. Apresentação digna de sua intelectualidade e representatividade por onde você passa. Forte abraço.
Extrema delicadeza mereceu o texto em enaltecer que em tantas lacunas de valorização da atuação da mulher na história da humanidade em seu dia a dia esse ser é tão sublime!… parabéns pela dignificaçào do papel magnífico da mulher em todo o tempo!!!
Que trabalho magnífico. Mulheres que transformaram nossas vidas. Mulheres, cada uma em seu tempo, à frente do tempo. Parabéns companheira e Confreira Elizena
Parabéns Ca Elizena pelo riquíssimo e brilhante trabalho de pesquisa. A mulher nem sempre foi valorizada como deveria ser e tão pouco mostrada para sociedade o quanto era importante em cada segmento que atuava. Seu trabalho com certeza será de grande valia para todos!
Companheira Elizena,
Parabéns pelo texto, pela pesquisa, por relembrar a importância do papel da mulher na história da humanidade e, por evidenciar a luta de nossas companheiras Rotarianas em prol do bem comum.
Luci Azevedo Pereira -Diretora da PHC-Potencial Humano Consultoria . Rotary Club Tijuca-RJ-“O Bom Pra Valer”.
Fascinante pesquisa, muito profunda e completa. Dá-nos uma visão generalizada do grande valor de tantas mulheres que nos antecederam e que deixaram um legado propício a tudo o que foi, pouco a pouco, conseguido, para atingirmos a condição e o espaço que hoje ocupamos na sociedade.
Elizena, assisti ao vídeo de sua entrevista realizada pelo Joper e adorei conhecê-la melhor através da mesma. Você demonstrou com muita simplicidade, toda sua inteligência, sabedoria e sensibilidade.
Deixei um comentário, mas creio não ter sido registrado, porque ao terminar, entrou um outro clichê e eu não consegui encontrá-lo mais. Por esse motivo, estou comentando agora, fora do assunto, porque quero expressar-lhe minha admiração por você. Parabéns. Abraços.