CADEIRA/PATRONO: Walter de Oliveira Villas
Médico Cirurgião Tráumato-Ortopedista
Filho de Avelino José Villas (português) e Aurea Fajardo Villas. De uma família de 6 irmãos, nasceu em Águas de Raposo – Município de Itaperuna – RJ.
Casado com a gaúcha Adélia Antonieta Villas, em 1965, com quem teve 3 filhos : Paulo Roberto – Engenheiro Mecânico ;Ronaldo – Administrador, Mercado Exterior e Produtor Musical; Rodrigo – Arquiteto, e 3 netas: Sabrina, Paula e Angelina.
Fez o 1º ano do Curso Científico em Carangola – MG e transferiu-se para o Liceu de Campos – RJ, tendo concluído o curso já na Cidade do Rio de Janeiro, no Colégio MABE. Nesta época foi convocado pelo CPOR – Centro de Preparação de Oficiais da Reserva por concurso, em 1949-1950, preparando-se para o vestibular concomitantemente.
Formado em Medicina pela Faculdade Nacional de Medicina da Praia Vermelha – Universidade do Brasil (atual UFRJ – Universidade Federal do Rio de Janeiro) em 1955, onde Ingressou em 1950.
Em 1956, a conselho de amigos militares, pediu transferência para o Quadro de Saúde do Exército quando recebeu Carta Patente assinada pelo Presidente Juscelino Kubitschek e do Ministro da Guerra, General Lott, tendo sido convocado para servir no Hospital Central do Exército.
Em 1958, após formado, fez pós-graduação no curso de Medicina Esportiva, na Faculdade Nacional de Educação Física, da Universidade do Brasil . Com esta especialização capacitou-se por exigência do MEC – Ministério da Educação e Cultura a ser médico em vários colégios, assim como no Departamento Médico do Clube de Regatas Flamengo – assistente do Dr. Paulo São Thiago, e no América Futebol Clube, nos anos de 1960, quando o América ganhou o título de campeão carioca de futebol profissional, no Maracanã.
Aconselhado por amigos militares, quando já tinha direito a ser promovido a 2º Tenente Médico, foi convocado para o serviço ativo do Exército, tendo servido no Hospital Central do Exército por 3 anos, como Ortopedista, no primeiro ano como 2º Tenente; de 1956 a 1958, como 1º Tenente.
Em 1959 cursou a Escola de Saúde do Exército, onde se formou em 1º lugar e foi agraciado com a Medalha Marechal Hermes de Aplicação e Estudos. Em seguida, foi lotado na Divisão Blindada, continuando à disposição do Serviço de Ortopedia do HCE .
Prosseguiu a sua carreira de médico militar, sendo lotado na Policlínica Central do Exército, quando foi promovido a Capitão tendo lá permanecido por 10 anos. Quando estava para ser promovido a Major, pediu exoneração do Exército porque, prestando serviços como ortopedista na REDUC – Refinaria de Duque de Caxias há anos, foi convidado para ser efetivado no quadro de médicos, por mais 3 anos. Após alguns anos nesta função e, por decisão do superintendente da REDUC, um grupo de profissionais foi dispensado, não tendo sido reconhecido vínculo, o que motivou um longo processo da Justiça, finalmente decidido a favor dos profissionais
Neste mesmo período foi convidado por colegas e professores para compor o quadro clínico da Casa de Saúde São Sebastião onde pode dar prosseguimento à sua clínica particular e consultório, trabalhando lá por vinte anos. Com o fechamento da Casa da Saúde São Sebastião passou a exercer no consultório particular, no Largo do Machado. Também exerceu a sua especialidade na Clínica SOTIL, na Ilha do Governador.
No serviço público, foi médico do Estado da Guanabara, onde ingressou por concurso, sendo lotado no Hospital Carlos Chagas e posteriormente com a fusão dos Estados da Guanabara e do Rio de Janeiro, em 1975, passou a fazer parte da equipe de Emergência do Hospital Municipal Paulino Werneck, onde exerceu sua atividade como ortopedista de equipe e mais tarde, como Chefe da Emergência tendo se aposentado neste hospital após muitos anos de serviço.
Em 1965 concluiu sua pós-graduação em Rádio-Diagnóstico pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro – Puc Rio, tendo tido como mestre o Professor Caminha.
Sua carreira como médico do serviço público também ocorreu no Hospital Geral de Bonsucesso, na Clínica de Traumatologia e Ortopedia, onde iniciou como estagiário sem salário, sendo após credenciado e efetivado tendo como chefes o Professor Dr. Oscar Rudge, o Dr. Luiz Paulo Tovar e o Dr. Jamil Haddad, sendo seu sucessor na Chefia da Clínica, tendo permanecido nesta clínica por 34 anos. Especializou-se em deficiências dos membros inferiores, especialmente por sequela de pólio, e também tem registrada larga experiência em deformidades dos “pés-tortos”, com considerável estatística, tendo apresentado vários trabalhos em congressos médicos. Seu contato com a comunidade da Maré, fez com que ele iniciasse junto àquela comunidade projetos de esclarecimento às mães sobre orientação ao planejamento familiar
Aposentado pelo Ministério da Saúde e pela Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro.
Rotariano, fundador do Rotary Club do Rio de Janeiro Galeão, desde 1980. De 2000 a 2005 foi associado ao Rotary Club do Rio de Janeiro, onde exerceu vários cargos no Conselho Diretor. Por transferência, foi Fundador e associado do Rotary Club do Rio de Janeiro Guanabara-Galeão. Desde 1990 dedicou-se a apoiar as campanhas de vacinação anti-pólio junto ao Centro de Saúde Necker Pinto, tendo constante contato e estimulado mães de mais de 30 comunidades da Ilha , esclarecendo sobre a vacinação anti-pólio, dentro do programa Pólio Plus de Rotary International.
Ingressou na SOMEI -Sociedade dos Mèdicos da Ilha do Governador, por convite honroso do seu Presidente, Dr. Rômulo Capello Teixeira.
Conselheiro da ABBR – Associação Brasileira Beneficente de Reabilitação por 20 anos, onde, juntamente com a companheira Christa Bonhoff, pode beneficiar milhares de pessoas com deficiências, com a montagem de Salas de Recuperação em parceria com a Fundação Rotária.
Como cidadão fluminense e por iniciativa do Deputado Estadual José Richard, recebeu o Título de Cidadão Benemérito do Estado do Rio de Janeiro, concedido pela Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro em reconhecimento aos serviços prestados à população do seu Estado.
TRAJETÓRIA EM ROTARY
Em 1980, fev 14 foi associado fundador do Rotary Club do Rio de Galeão onde permaneceu durante 20 anos sendoi seu presidente no período 1988-1989.
De 2000 a 2005 foi associado ao Rotary Club do Rio de Janeiro.
De 2005 a 2011 foi associado do Rotary Club do Rio de Janeiro Galeão, sendo seu presidente em 2009-2010.
De 2011 até 2022 foi associado do Rotary Club do Rio de Janeiro Guanabara-Galeão e membro da comissão da fusão dos dois clubes.
Exerceu inúmeras funções nos clubes por onde passou. De destacar a liderança nas campanhas de vacinação.
Por sete anos foi Coordenador Distrital do Programa IGE – Intercâmbio de Grupos de Estudos.
Foi lìder da equipe de IGE para New Jersey – EUA no período 1993-1994.
Trabalhou incansavelmente nos Dias Nacionais de Vacinação.
Foi Companheiro Paul Harris com 3 safiras
Homenageado como Médico do Ano em 2015, em reconhecimento pelos 60 anos de exercício da Medicina, pela Sociedade Médica da Ilha do Governador – SOMEI e pelo Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro – CREMERJ
Matéria da Revista Brasil Rotário – Agosto de 2009
O homem do colete amarelo
Na opinião do rotariano Walter de Oliveira Villas, do Rotary Club do Rio de Janeiro-Guanabara, é preciso ajudar como se pode. Apesar de ser médico ortopedista (ele operou muitas pessoas com sequelas de pólio em tempos passados) Walter participa dos Dias Nacionais de Vacinação mesmo na execução de tarefas que não correspondem à sua atividade profissional. “As pessoas que trabalham nos postos de vacinação, ficam lá o dia inteiro. Então eu levo sanduíches, refrescos e café com leite para elas, diz ele”. Às vezes Walter Villas trabalha como motorista voluntário, providenciando gelo para conservar as vacinas. “Uma vez um amigo me disse: Mas você é médico, deveria trabalhar na vacinação como médico. Só que nestes dias eu não vou como médico, vou como motorista, porque, às vezes, é de um motorista que eles precisam.”, explica Walter Villas, em sua lógica mais que solidária..”Foi aí que eu disse ao meu amigo: Você também não sabe dirigir, também não é motorista? então não foi ajudar porque não quis.”
Quando seu clube não participa dos Dias Nacionais de Vacinação, Walter vai trabalhar sozinho, mas vestindo o colete amarelo que os rotarianos usam nas atividades de vacinação na África, lembrança trazida de lá pela mulher dele, a ex-governadora do Distrito 4570, Adélia Villas.
Walter Villas também acha que o envolvimento dos rotarianos com a campanha de vacinação no Brasil caiu nos últimos anos, e que é necessário reverter esse movimento. ” Precisamos trabalhar pela campanha de vacinação no Brasil “, diz. “Infelizmente temos dormido sobre os louros da vitória.”
PRÊMIO WALTER VILLAS
Após sua morte, ocorrida em 2022 jun 25, sua esposa e filhos decidiram sugerir a criação de um concurso a fim de estimular os rotarianos a trabalhar no esclarecimento junto às Campanhas Nacionais de Vacinação e ao Dia Internacional de Vacinação
OBJETIVO: Mobilizar todos os Clubes a desenvolverem ações visando o aumento da cobertura vacinal, de forma a se atingir o índice de 95% estabelecido pela OMS, através da atuação nas duas campanhas nacionais de vacinação contra Pólio.
O Clube que conseguir maior aumento da cobertura vacinal em sua região, comparado aos 3 últimos anos, será agraciado com o Prêmio Walter Villas – doação de MIL DÓLARES para o Fundo Polio Plus, em nome do Clube Vencedor.
Este Prêmio é oferecido pela Família Villas em memória de seu patrono, Walter, que como médico ortopedista e rotariano, dedicou muitos anos de sua vida às campanhas de vacinação, e indo até às comunidades conscientizar às mães sobre a necessidade de proteger seus filhos, através das vacinas.
Outras metas no Combate à Polio para o período:
>> Sensibilizar os pais jovens a vacinarem seus filhos menores de 5 anos;
>> Mobilizar todos os Clubes a desenvolverem ações visando o aumento da cobertura vacinal, de forma a se atingir o índice de 95% estabelecido pela OMS;
>> Desenvolver ações para captar recursos e direcioná-los ao Fundo Pólio Plus, visando manter a parceria da dobra com a Fundação Bill e Melinda Gates;
>> Criar um novo senso de urgência para ajudar a concretizar a visão do Rotary de um mundo livre da pólio;
>> Firmar parceria com a SMS sede do(s) Clube(s) para o desenvolvimento de ações para aumento da cobertura vacinal e acompanhamento da evolução;
>> Desenvolver campanha de vacinação em cidades do Distrito que não tenham Clubes de Rotary.