Houve um momento na história do Rotary Club do Rio de Janeiro – Tijuca em que companheiros se revezavam na Tribuna ao final das reuniões para, em trovas, fazer uma síntese dos acontecimentos. Quem deu início a essa sequência foi um pastor presbiteriano, de saudosa memória, o companheiro Amantino Adorno Vassão – Presidente 1977-1978. Esse momento era chamado pelo presidente como “Trovassão”.
Sucedeu a Amantino o companheiro Anníbal Nogueira (Patrono da Cadeira nº 11 da ABROL Rio), renomado médico do Hospital Universitário Gaffrée & Guinle e, depois, o companheiro Eliseu Dangelo Visconti Neto (Presidente 1997-1998 do Rotary da Tijuca), intelectual, neto do pintor de renome internacional.
O texto que mantenho em meu arquivo pessoal foi um presente do Companheiro Amantino quando em visita ao “Bom Pra Valer” no período 1996/1997, e que segue em forma de trova: No texto original (que está reproduzido em imagem nesta Noticia), Amantino cita 5 Patronos da ABROL Rio e 1 Acadêmico Fundador: Annibal Nogueira (Cadeira 11), Marino Gomes Ferreira (Cadeira 34), Thamyres de Santa Isabel Protásio (Cadeira 43), Antônio Saldanha de Vasconcellos (cadeira 12) e indiretamente, ao mencionar a Costa Rica, José Emílio Gonçalves Araujo (Cadeira 30), e este Acadêmico Fundador Joper Padrão do Espirito santo (Cadeira 7)
Na minha volta ao Tijuca,
senti um choque tremendo:
eu, que fui matar saudades,
vim de saudades morrendo.
Não encontrei o Anníbal
– o da Annibadalação –
mas encontrei o Eliseu
sucessor do Trovassão.
O rotariano antigo
– sou o próprio Trovassão –
vim rever o meu Tijuca,
o clube certo – Padrão.
É bom rever os amigos.
Eu não vi – um homem fino –
o meu padrinho querido
o incomparável Marino.
Celso Macedo. Obrigado
– eu te conheço de cor –
suas palavras gentis
quanto “mais cedo” melhor.
Se o Tijuca marcha bem
– eu com isso não me espanto –
na presidência do Clube
está o Espírito Santo.
Meu abraço carinhoso
– amigo, não te admires –
a esse grande presidente,
nosso querido THAMYRES.
Forte emoção me feriu
– há momentos assim belos –
foi o abraço comovido
do querido Vasconcellos.
Nossa sincera homenagem
à COSTA RICA, nação,
é pequena em território,
mas tem grande coração.
Com tal nome essa nação,
rica em ouros e pratas,
sofreu inúmeros ataques
de perigosos piratas.
O Rotary Tijuca é mesmo Bom Pra Valer, pois aos finais de suas reuniões até apresentação de trovas já teve. Inesquecível memória, apresentada pelo Pastor presbiteriano e Presidente 1997-98, Amantino Adorno Vassão. Foi da tribuna que ainda não tinha o nome da Professora Ivette de Castro Siqueira. Interessante relembrar o que aconteceu em nossa Tribuna ao longo destes 71 anos, imaginando que no início do clube ainda não existia uma tribuna física. Mais um rico trecho da História do Bom Pra Valer.